sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Em Harmonia com as Expressões

          Olá, queridos seguidores das redes sociais e leitores do blog Strabelli Musical. Hoje, trago um achado incrível - daqueles que se encontram nas profundezas da internet - mas que, realizando minhas pesquisas sobre o tema "Harmonia", me deparei e não pensei duas vezes em compartilhar com vocês.

      Uma professora de artes de Montreal, que se expõe sobre o nome de Zviane Minow, postou alguns vídeos em seu canal do Youtube, que são jóias raras para quem quer estimular a percepção harmônica de funções na música tonal. Por mais que nas descrições de seus vídeos ela relata que quer melhorar, que deveria ser feito com animações e não imagens estáticas, que irá investir mais tempo nisso, ela está colaborando a conscientizar milhares de ouvidos sobre as funções. As obras analisadas são todas de Mozart. Existem anotações peculiares como "Marche" - que pode significar progressão ou sequência harmônica e ela prefere não notar os acordes menores com tipografia minúscula. Tudo isso, é explicado num site incrivelmente interativo (que vou deixar logo menos na bibliografia digital) e que atrai bastante diversas faixas etárias para o seu conteúdo, pelo formato meio de histórias em quadrinho.

       Os vídeos simulam reações ao analisar cada acorde das peças selecionadas por ela. As reações são desenhos - como se fossem aqueles bonequinhos que as crianças começam a desenhar - acompanhados pelo número romano que representa o grau do acorde. As reações estão em tempo real com a obra.

       Vamos ao que interessa. Os vídeos que coloco aqui foram selecionados por mim, mas no catálogo de Zviane, existem vários outros com a mesma proposta, inclusive o de abertura do canal é feito com os muros de Bariloche, cada cor atribuída a uma função da obra de Saint-Säens.



W. A. Mozart - Sonata para piano em Lá Menor K. 310



W. A. Mozart - Sonata para piano em Dó Maior K. 545



W. A. Mozart - Concerto para piano Nº 23 em Lá Maior. K.488 - II. Adagio


W. A. Mozart - Requiem K. 626 - VI. Lacrimosa


          É isso, pessoal. Espero que fomente o estudo de percepção e harmonia em vocês. Não esqueçam de visitar o meu canal e os cursos que ofereço, ok? Muito obrigado!

FONTES (clicar na palavra): 

quinta-feira, 13 de julho de 2017

5 Compositores Brasileiros de Música Erudita

       
      Olá pessoal! Se você chegou aqui pelo vídeo do YouTube, pode rolar para o compilado dos compositores. Se você caiu aqui no Blog direto antes do vídeo, o próximo parágrafo é para você.

      Resolvi fazer um levantamento de 5 compositores brasileiros da chamada música erudita. A forma que eu escolhi para trazer isso para vocês, leitores e espectadores, foi criar uma conexão entre o texto aqui e o vídeo lá. Clicando aqui, você será direcionado ao vídeo que contém a lista, uma breve contextualização e exemplos musicais dos compositores. Mais abaixo no texto, está montada a lista com gravações completas de obras sugeridas por mim.

     Dito isto, vamos à lista:






 Padre José Maurício Nunes Garcia   (1767 - 1830)



Sugestão de escuta:
Missa de Requiém (1816) 









  

Carlos Gomes (1836 - 1896)




Sugestão de escuta: O Guaraní (ópera) 





Heitor Villa-Lobos (1887 - 1959)



 
 
Sugestão de escuta: Choros Nº10 "rasga coração"





 






Carmargo Guarnieri (1907 - 1993)





Sugestão de escuta: Sinfonia Nº2 - Uirapuru












Marlos Nobre (1939) 


 Sugestão de escuta: "Tango for Piano"




segunda-feira, 27 de março de 2017

Uma pegadinha musical para o dia da Mentira.

         Caros leitores, o post de hoje é breve, brincalhão ao quadrado e até com seu grau de beleza por trás. Trata-se da peça "Ein Musikalischer Spaß" K. 522 de W. A. Mozart. Temos o mundial dia da mentira se aproximando (01/04) e seria uma ótima ocasião para "trollar" aquele seu amigo estudante de composição, ou músico acostumado com a estética Clássica, mostrando essa "incrível" obra para ele. 

         Pouco se sabe sobre "Uma Piada Musical" - tradução ao pé da letra do nome - alguns dizem ser uma grande chacota aos péssimos compositores da época, outros dizem ser um retrato da maneira como Mozart não queria que a sua música (suas obras em geral) fosse tocada.
         
        O que posso afirmar a vocês, leitores fiéis, é que a obra está cheia de temas simples, meia-boca, sem criatividade ( o que não faltara ao nosso gênio, correto?), estruturas mal formuladas, acabamento horrível e por se segue a lista de anomalias. Ouçam até o final e tenham uma surpresa no último acorde. (Como eu gostaria de estar junto para ver a reação de vocês nessa hora!)

       Vamos ao que interessa! Partitura da obra aqui. O vídeo que selecionei, já contém uma partitura dinâmica. Bom divertimento e não esqueçam de comentar o que acharam! Até a próxima.


sábado, 26 de novembro de 2016

As 14 Variações de Edward Elgar - "Enigma"

- texto em forma de contribuição do meu caro amigo Renato Machado -


Edward Elgar
         Emoção, a palavra mais adequada ao ouvir Nimrod, uma das 14 "Variações Enigma" do compositor inglês Sir Edward Wiliam Elgar (1857-1934). 


          Conta a história que depois de uma cansativa jornada de ensino, Elgar começou a improvisar ao piano. Uma das melodias chamou a atenção de sua esposa, que pediu que ele a repetisse. Ele, então, começou a improvisar variações sobre essa melodia e teve a ideia de cada uma representar a personalidade de um amigo. Algum tempo depois, Elgar expandiu essas variações e as orquestrou compilando as ideias para a obra “Variações Enigma”.  


        Sua estréia foi realizada em Londres no dia 19 de junho de 1899. No início, a crítica se irritou e não aceitou bem sua proposta, alegando uma certa “aparência complicada” da peça, mas em pouco tempo a maravilhosa obra com toda sua estrutura e orquestração única, foi alvo de grande admiração. Desde então, se transformou numa peça muito presente nos repertórios das orquestras pelo mundo e bem popular. 


    Seguem vídeos de diferentes interpretações do tema Nimrod orquestrado e uma obra vocal escrita por Elgar executada por um madrigal.  Um momento extraordinário de pura beleza e encantamento


Variação "Nimrod", citada no texto, regida por Sir Colin Davis.


"Lux Aeterna" interpretado pelo grupo VOCES8.




Variações Enigma - Apresentada pela St Petersburg Philharmonic Orchestra e regida por Yuri Temirkanov.


terça-feira, 8 de novembro de 2016

Conhecendo a árvore genealógica da orquestra. Da Grécia antiga ao jazz: veja a evolução das orquestras ao longo dos séculos

Revisão: Renata Souza

        Olá caros leitores do Blog! Nesta postagem abordaremos o tema Orquestra: sua origem, evolução e utilização nos dias de hoje. Lembrando que fiz dois vídeos para o meu canal onde abordo, com mais profundidade, o tema deste texto.



Originada do grego ORKHEÍSTHAI – que significa dançar – a palavra ORKHESTRA era usada para denominar o espaço em frente ao palco onde o coro dançava, já que na Grécia do século V a.C os espetáculos eram encenados em teatros ao ar livre, denominados anfiteatros. Portanto, orquestra era o espaço onde se destinava às evoluções do coro, que cantava e também dançava e onde ficavam os instrumentistas.

Até que, no século XVII, com o surgimento das óperas, o nome orquestra passa a designar os instrumentistas à frente da encenação. Já que a principal proposta das óperas era o resgate dos dramas gregos, nada mais cabível que buscar as terminologias do espaço do teatro antigo e aplicar nessa nova fase. 

Atualmente, encontramos alguns “sobrenomes” que sucedem a orquestra, por exemplo, Filarmônica e Sinfônica. Sendo que a primeira indica um grupo de músicos formado sem a necessidade de aprovação por teste, com o único intuito de fazer música e promover a arte, enquanto o segundo se refere a músicos profissionais, remunerados e selecionados via testes para a execução das obras musicais. Além dessas, existe também a orquestra de câmara, com formação menor, justamente para ser apresentada em ambientes menores.

Uma orquestra é formada por pequenos conjuntos de instrumentos que carregam uma característica em comum. Esses conjuntos são chamados de naipes ou famílias. São eles: cordas; madeiras; metais e percussão.

A disposição dos instrumentos é padronizada para obter uma qualidade sonora de excelência, e para alcançar este nível foi modificada e estudada durante os séculos. Os instrumentos de cordas e de percussão são facilmente identificados, porque sua principal característica consta no nome – ou seja, possuem cordas ou foram feitos para produzirem sons através de impacto ou fricção.
 No caso dos instrumentos de madeiras e metais, não necessariamente são construídos a partir desses materiais. Os da família de madeiras, por exemplo, são tubos com furos onde o dedo ou chave impedem e abrem a passagem do ar, que vibra o interior. Eles possuem boquilha com ou sem palheta, além de simples ou dupla.
Classificamos nesta família: flautas, clarinetes e saxofones. Sim, isso mesmo!
Já os de metais são tubos sem furos, onde o ar é direcionado por válvulas e a pressão é feita com os lábios em bocais. Cabem neste grupo: trompetes, trompas e trombones.


A evolução da orquestra segue uma linha do tempo bem fixa. Inicia-se lá no século XVII, com grupos de instrumentistas que se reuniam para fazer música utilizando o que tinham a disposição. A partir daí o naipe das cordas começa a se estruturar e manifesta-se o interesse da burguesia em ter um grupo para suas apresentações particulares, ou seja, o financiamento da orquestra começa a surgir nesse século.

Os instrumentistas eram violistas, violinistas, violoncelistas e contrabaixistas, que se reuniam ao contínuo (cravo) e o grupo frequentemente recebia a adição de flautistas, oboístas e trompetistas, mas o fixo da recém-orquestra eram as cordas.

Do século XVIII ao início do XIX constatamos a formação da Orquestra Clássica, onde temos a criação do naipe das madeiras - Oboés, flautas, fagote e o recém-nascido clarinete -, que agrupados aos pares davam vida a essa formação. O contínuo caiu em desuso e as trompas foram atribuídas para a ligação da textura. Tímpanos e trompetes quase sempre presentes. Essa formação permaneceu como padrão durante algum tempo e foi a escolhida para as últimas obras de Haydn (1732 – 1809), toda a obra orquestral de Mozart (1756 – 1791) e as primeiras de Beethoven (1770-1872) e Schubert (1797 – 1828).

Na metade do século XIX, a orquestra começa a ampliar-se, com novos instrumentos e integrantes, tornando-se maior. Nesta época surge o corne-inglês, trombone, contra-fagote e flautim, o que dava mais cor e brilho às composições.

Orquestra Sinfônica de Heliópolis
Além disso, a invenção do sistema de válvulas para a família dos metais favoreceu a flexibilidade dos instrumentos quanto as tonalidades, ganhando força e mais apreço dos compositores. Com a ampliação das madeiras, as cordas tiveram que se expandir em número de integrantes, a percussão foi ganhando volume (quantitativo) e sonoridades bem peculiares tornaram-se parte da orquestra.

O século XX é marcado pela ampliação da percussão orquestral. Diversos instrumentistas são necessários nesse naipe e sonoridades únicas são extraídas. Neste período, as salas de concerto ampliaram-se, devido ao aumento de público, e por conta disso a orquestra teve a necessidade de expandir-se para manter sua sonoridade diante dos espectadores.

Paralelo a isso, dá-se a criação das Bandas, formadas basicamente de instrumentos de sopro, que até hoje são utilizadas no segmento musical. Por exemplo, as Fanfarras são formadas por instrumentos de metal e percussão; as bandas Militares são compostas por metais, madeiras e percussão. Ambas possuem um vasto repertório próprio e incríveis possibilidades sonoras.

Já as Bandas de Jazz, que no início eram formadas por 8 instrumentos (Corneta, trombone, clarinete, saxofone, piano, banjo, contrabaixo e tambores), se ampliaram, passando a conter 15 instrumentos ou mais, recebendo o nome de Big Bands, enquanto as que permaneciam com 8 foram denominadas Combos. 

O repertório orquestral é executado até hoje pelas inúmeras orquestras que existem no mundo. Destaque para as brasileiras OSB (Orquestra Sinfônica Brasileira) e OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), que executam repertório de primeira e representam o país no exterior. Obras de Beethoven, Mozart, Vivaldi, Haydn, Schubert, Wagner, entre outros, fazem parte do repertório dessas orquestras, que ainda assim sofrem com a desvalorização artística recorrente no país e com a pouca visibilidade, além de dependerem de patrocínios escassos.  

Assim, caímos mais uma vez na falta de divulgação que às vezes nos faz refém na escolha de nossos programas culturais. Prestigie a orquestra de sua cidade, pesquise bandas e fanfarras locais e na medida do possível, vá a apresentações, para que possamos manter viva a diversidade musical e cultural. Além do que, presenciar um concerto, ópera ou sinfonia apresentada por uma orquestra é uma experiência única na vida. Única e histórica!


Nos vemos na próxima!

sábado, 1 de outubro de 2016

Feliz Dia Internacional da Música!!

      

        Olá caros leitores, não poderíamos deixar o Dia Internacional da Música passar em branco, não é ? Essa arte sublime que acompanha os seres humanos desde o começo, seja com a voz ou com o próprio corpo. é capaz de despertar os mais diversos sentimentos. Com certeza alguma música marcou certo momento da sua vida, ou uma pessoa, e é certo que o ser humano não vive mais sem as composições musicais.


        A ideia para criar o Dia Mundial da Música surgiu a partir de uma iniciativa da UNESCO, em 1975, através da International Music Council – uma organização não-governamental, fundada em 1949, e que tem o objetivo de promover a paz e a amizade entre os povos com o auxílio da música. Neste dia, diversas escolas promovem eventos gratuitos como: Concertos, Workshops e apresentações, com intuito de unificar e mobilizar as pessoas ao poder dessa arte.

      A minha contribuição será sobre a história da música. Começando pela sua etmologia.  Derivada do Latim musica, do Grego mousike tekhne, “arte das musas”, pois ela era considerada a manifestação por excelência dessas divindades protetoras das artes. Mais remotamente, Musa vem do Indo-Europeu men-, “pensar, lembrar”, coisa que todos têm que fazer quando praticam uma arte. Não é bonita a Etimologia?

      E agora deixo vocês com um lindo vídeo feito a mão, literalmente, que conta para nós de forma animada, a história da mais linda das artes, na minha opinião. Até a próxima! ;)


 


Fonte: http://www.calendarr.com/brasil/dia-internacional-da-musica/
http://origemdapalavra.com.br/site/palavras/musica/

terça-feira, 30 de agosto de 2016

IV Seminário de Regência em Tatuí - Uma aula de organização e respeito.

          Olá caros amigos leitores. Músicos ou não músicos. Maestros, instrumentistas ou ambos. Hoje trago pra vocês um relato das experiências que vivi em Tatuí, participando do IV seminário de regência no Conservatório da cidade. Além de informar a quem queira participar de um seminário pela primeira vez e tem curiosidade, o propósito deste vídeo é incentivá-los a participar de seminários e tirarem o maior proveito desta experiência de imersão.

         Coordenado pelo professor e maestro Dario Sotelo, com participação do maestro americano Matthew George e da incrível Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí, o seminário funciona como uma grande fonte de trocas entre os participantes. Estes são separados entre regentes ativos e participantes. Para ser um regente ativo, e atuar nos concertos, foi necessário o envio de um vídeo e ser aprovado numa seleção feita pela direção. Os participantes bastavam se inscrever e acompanhar. 
Eu (Lennon Strabelli) e o maestro Matthew George

          O evento teve a duração de 4 dias corridos - 22/08/2016 a 25/08/2016 - e os dias seguiam com um esquema parecido: pela manhã, participamos nos ensaios abertos. Os regentes ensaiavam com a Banda e os professores davam os refinamentos necessários. Experiência única para nós pois parecia como uma masterclass de regência. Muita informação foi retirada desta prática. A incrível dedicação da banda e dos maestros fizeram a diferença nesta etapa matutina do evento. 

        A tarde era o momento das palestras. Neste período, foram tratados diversos assuntos, unidos pelo fio da regência de banda sinfônica, que um profissional deve lidar. Temas como: "comunicação gestual"; "trabalhando com o ritmo" e "trabalho de preparação de partitura" servem de exemplos para esses momentos de aprendizado. Ao fim da tarde, tivemos uma hora aplicada a criação de um documento, como uma pesquisa detalhada, sobre o nosso trabalho como regentes de bandas sinfônicas em nosso município. A ideia desses encontros era favorecer a troca de experiências e ajudar ao Dario em sua nova empreitada como presidente da WASBE (World Association for Symfonic Band and Ensembles) na qual já foi eleito e assumirá o cargo em 2017, sendo o primeiro presidente sul-americano da organização. Ressalto aqui a importância dos músicos ficarem atentos a tudo o que nos traga benefícios no campo da arte, e com Dario na presidência de uma organização importantíssima como esta, temos chances de elevar o nosso nível, tanto de sensibilidade, como o de condições de trabalho. Deixo aqui o site para maiores informações e a possibilidade de se tornar um sócio da WASBE.

        Então a noite era o momento da realização. Os concertos abertos ao público com os regentes a frente da Banda e executando o repertório. 30 minutos antes, Dario dava a voz aos maestros contarem um pouco a história de suas obras, para posicionar o público e praticarem esse tipo de fala. O repertório realizado nestes dias, caso alguém queira pesquisar foi o seguinte:


 



Boris Pigovat (1956) - Lights from the Yellow Star: Music of Sorrow and Love
Martin Ellerby - Cinnamon Concerto for Saxophone
David Gillingham - Apocalyptic Dreams - Sinfonia Nº1
C. Wittrock - Abertura "Lord Tullamore" e Spanish Dance for English Horn and Band
J. Curnow - Canticle of the Creatures
R. Korsakov - Concertino para Trombone e Banda
H. Nogueira - Cinco Miniaturas Brasileiras
Thomas Doss - Magic Overture
Yusuke Fukuda - Symphonic Dances
Robert Jager - Variations on a Theme of Robert Schumann
Luis Soto Márques - Jaibamá
Philip Sparke - A Pittsburg Overture
Jess Turner - Concertino Caboclo para Flauta,  Piccolo e Banda
Alfred Reed - Música para Hamlet
Paul Hart - Cartoon
Gordon Jacob - Celebration Overture
Vaughan Williams - Concerto for Tuba
Franck Ticheli - Postcard
Jose I. Blesa - Mare Tenebrosum










        Assim se seguiram os 4 dias. Éramos em mais de 200 pessoas. Tudo aconteceu no Teatro Procópio Ferreira e muito bem liderado e organizado por Dario, que sempre exigia precisão nos horários, afinal nós como regentes temos que espelhar isso em nossos grupos se quisermos obter resultados e um bom uso do tempo disponível.         

       A cidade é extremamente acolhedora. Quem anda com a credencial do conservatório tem desconto em restaurantes e é bem visto pelos moradores. Tatuí tem pouco mais de 100 mil habitantes e recebe pessoas do Brasil inteiro para o seu Conservatório e as atividades artísticas lá contidas. Fica a aproximadamente 160km de São Paulo e não tive problemas com estadia e alimentação. A cidade tem de tudo e com bastante opções.

       Sempre me encontrei numa esfera mais orquestral e coral da música e essa foi uma experiência de somatória incrível. O universo lá é o de banda sinfônica. Muitas vozes, uma grade repleta de instrumentos, muita transposição, muitas cores (timbres) diferentes, uma percussão enorme e um maestro que se propõe a reger tudo aquilo.
Matthew em um dos ensaios abertos, demonstrando algo para os regentes


       Pretendo voltar, pois tivemos a ótima notícia de que o próximo seminário está marcado para Junho/2017. Convido todos vocês a conhecerem o site do conservatório e a lerem a matéria oficial sobre o seminário. Participem desses encontros e ampliem o campo de visão/atuação de regentes. Coloquem em prática as trocas vistas aqui e passem adiante as informações para que possamos sempre evoluir o campo da regência. Meu muito obrigado ao Dario, ao Matthew George, à Banda Sinfônica do Conservatório e À Banda da EMMSP, regida por Dario e que nos acompanhou em dois dias da nossa jornada. Até o próximo!


Final de concerto, os regentes alinhados a frente da Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí.