As Claves ( em latim, "chave") são símbolos que determinam as alturas fixas do pentagrama a partir do ponto em que aparecem. As mais usuais são as claves de Sol, Fá e de Dó, que, respectivamente, determinam sons acima do dó central, abaixo e o fixa
dentro pentagrama.
A utilidade das claves não há de ser discutida, sendo que usamos a de Sol para instrumentos agudos, a de Fá para os graves e a de Dó para os médios. Mas esses símbolos tão característicos para os músicos - e não-músicos - surgiram assim prontinhos ? Não! As claves passaram por uma grande transformação, mas para entende-la é necessário um prévio esclarecimento sobre as notas musicais.
Guido D'Arezzo (992 - 1050) |
Os povos denominados Anglo-Saxônicos ( Antigos Germânicos) formados pela Inglaterra, Alemanha e Países baixos, usam uma escrita/fala diferente da nossa para notas musicais. Eles se referem à elas pelas letras dos Alfabetos - A; B; C; D; E...- e falam (solfejam) usando a dicção de suas letras mesmo. Graças a Guido D'Arezzo (992 - 1050), os países de origem Ibérica (Portugal, Espanha, Itália) receberam uma nomenclatura específica para cada nota musical - Dó, Ré, Mi ... - como uma forma de melhorar a prática de solfejo (esse assunto merecerá uma postagem onde vamos destrinchar esse tratado de D'Arezzo). Portanto a nossa clave de Sol surge como uma letra G, a de Fá como uma letra F e a de Dó como uma letra C. A partir de então, a evolução da escrita toma a frente transmutando as simples letras nos símbolos que muitos braços, pernas e qualquer outra parte do corpo, carregam uma tatuagem demonstrando o amor pela Música! Obrigado e até a próxima!
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